quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Passando,,, ou não...

O dia se passou e entrecortou em retalhos ora silenciosos ora berrantes. O coração palpitava, mais e mais rapidamente, os membros caiam pesadamente como se fossem arrastar Rachel para baixo, para o Hades, o subterrâneo. A respiração oscilava entre acelerar num ritmo enlouquecedor e parar, como se nada mais houvesse no mundo. Foi olhando para o mundo sem se reconhecer parte dele, e aquele amor que a fazia sentir-se parte, sentir-se em sentido completo agora parece despedaçar suas crenças mais profundas, suas únicas certezas. A aceitação não é incondicional, o prazer não é incondicional... Mas e agora... , agora pensa em Chico “ E agora josé, José para onde? “ Para onde ir se os caminhos se desfizeram? Para onde ir se a vontade acabou? Ela que é canto que em outras bocas se desfaz, ela que é serpente que só a si envenena, ela que acredita e ora se desilude e quer fugir do que pensa, que sente, que acha. Ela que se engana, encoraja e despenca, despenca de tanta coragem que a fez desistir. Rachel que é Rachel, Ana, Maria, Joana, Mariana, Carolina, Josefina... Rachel que é ou não é. O feminino entorpecido, embriagado e contido, explodindo dentro de si