Miro o espelho e vejo a imagem,
Que agora refletida me arrepia.
Marcas na pele, não de passagem,
Irromperam e me tornam arredia.
E implodindo, a alma me arde,
Me queima, invade minha surdez.
Esperando que a dor me acorde,
E revele-me então em nudez.
Tal retrato desbotado me repulsa,
Anseios contidos me ruborizam.
A alergia a mim mesma expressa
Intenções internas que se paralisam.
Ora ilusões, ora serpentes me impelem,
Ao fundo-profundo que habita em mim.
Vozes que ora silenciosas, ora urram.
Dentro de mim uma fenda sem fim.
quinta-feira, 3 de dezembro de 2009
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Aquilo que é verdadeiramente Belo é uma força de fato aterrorizante, pois ela transcende tudo, incessantemente, permea tanto o que é claro e o que é escuro, o que é riso e o que é pesar. Não faz distinção.
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